O julgamento de Jair Bolsonaro por uma suposta tentativa de golpe de estado, conforme reportado pelo Financial Times, poderá influenciar positivamente sua popularidade e intensificar as divisões políticas no Brasil. Com Bolsonaro se tornando réu após a decisão do STF, o tribunal está determinado a realizar o julgamento antes das eleições de 2026. O ex-presidente nega as acusações e critica a parcialidade do juiz Alexandre de Moraes. As opiniões da população estão divididas, com 51% acreditando na culpa de Bolsonaro. O desfecho do caso pode ter repercussões significativas nas eleições futuras.

O ex-presidente Jair Bolsonaro agradeceu publicamente ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, após o mineiro o chamar de 'maior líder da oposição', refletindo apoio no momento em que Bolsonaro se tornou réu no STF. Zema, que busca fortalecer sua posição na direita visando as eleições de 2026, fez essa declaração na expectativa de que a inelegibilidade de Bolsonaro seja revertida. Esse posicionamento é parte de uma estratégia mais ampla, na qual Zema se distancia de pautas radicais do bolsonarismo e se alinha a discursos mais moderados, com apoio de um novo marqueteiro.

O ato de Copacabana em apoio a Bolsonaro revelou que nem ele nem Lula conseguem mais mobilizar multidões. Apesar da polarização, ambos perdem popularidade e abrem espaço para novos líderes ou externos estranhos ao sistema político. Especialistas calcularam que apenas 18,3 mil pessoas compareceram, contrastando com a estimativa exagerada da PM, de 400 mil. O fiasco expõe a desconfiança em dados oficiais e demonstra que o debate sobre anistia se afastou da população, concentrando-se no Congresso. No vácuo de liderança, o Centrão e potenciais outsiders ganham protagonismo até as eleições de 2026.

Na noite de vendredi, 14 de março, o presidente Lula se encontrou com o ex-ministro José Dirceu em uma festa de aniversário na residência de Marta Suplicy, em São Paulo. Durante a celebração, Lula comentou que Dirceu estava 'com cara de candidato' para as eleições de 2026, indicando seu desejo de retornar à Câmara dos Deputados, uma aspiração que Dirceu considera uma 'questão de justiça histórica' após ter sido cassado em 2005. O encontro também contou com a presença de diversas lideranças do PT e aliados do governo, fortalecendo laços políticos entre os participantes.

A direita brasileira enfrenta desafios desde a derrota de Bolsonaro em 2022, especialmente com seu papel na sucessão ao Planalto em 2026. Politicamente, os aliados de Bolsonaro reconhecem que ele limita o debate sobre um possível sucessor, gerando divisão no campo da direita. A pressão por união é alta, mas a incerteza é exacerbada pela posição de Bolsonaro, que parece relutante em apoiar outro candidato. Enquanto figuras como Tarcísio de Freitas podem emergir como nomes viáveis, a necessidade de um endosse presidencial é crucial. O futuro da direita depende de como esses desafios serão manejados.

Uma pesquisa realizada pelo Real Time Big Data e divulgada em 14 de fevereiro de 2025, aponta Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, como favorito para a reeleição em 2026. A inelegibilidade de Jair Bolsonaro gera discussões sobre possíveis candidaturas de outros nomes da direita. Nos diferentes cenários analisados, Tarcísio lidera com percentuais expressivos de voto, superando seus potenciais adversários como Pablo Marçal, Geraldo Alckmin e Guilherme Boulos. Caso não seja candidato, Ricardo Nunes se destaca como líder entre os candidatos. O levantamento entrevistou 1.500 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais.

Uma ala do União Brasil discute apoio à reeleição de Lula em 2026, em oposição a candidatos como Ronaldo Caiado e Gusttavo Lima. As lideranças argumentam que estreitar laços com o governo é benéfico, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde Lula é popular. Para Caiado, um possível caminho seria se candidatar ao Senado. Já a opção Gusttavo Lima é vista como uma ''aventura'' sem futuro. O partido está dividido, com uma parte apoiando Lula e outra desejando um novo líder mais alinhado à oposição, como o ex-ministro Mendonça Filho, ou Pedro Lucas na ala pró-Lula.

De acordo com a pesquisa do instituto AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é atualmente o favorito nas eleições presidenciais de 2026, liderando em todos os cenários simulados. Lula detém uma vantagem de aproximadamente dez pontos sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e quase vinte pontos em uma simulação que inclui Eduardo Bolsonaro. Em todos os cenários de segundo turno, Lula também sai na frente, incluindo uma vantagem significativa contra Jair Bolsonaro, mesmo com o ex-presidente inelegível. A pesquisa foi realizada com 2.873 participantes.

Em 8 de novembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ainda não é candidato à reeleição e que decidirá sobre isso em 2026, caso não exista outro nome viável para enfrentar a extrema-direita. Ele enfatizou que governar depende da competência e experiências do governante, e não da juventude. Lula também mencionou os recentes desafios de saúde e a falta de um sucessor natural no PT, ressaltando a necessidade de renovação política. A oposição também enfrenta dificuldades para encontrar um candidato competitivo para as próximas eleições.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou estar preparado para concorrer à reeleição em 2026, mas manifestou sua esperança de que essa situação não seja necessária. Em entrevista à CNN, Lula ressaltou seu compromisso com uma economia equilibrada e um futuro político renovado no Brasil. Ele afirmou que a escolha de um candidato jovem não garante a solução para a governança, que depende mais da competência e compromissos do governante. Lula também minimizou qualquer influência da relação entre Jair Bolsonaro e Donald Trump nas próximas eleições, destacando sua vitória anterior sobre Bolsonaro.

Uma recente pesquisa realizada pela Paraná Pesquisas, encomendada pelo PL, indica que Michelle Bolsonaro é mais competitiva do que Tarcísio de Freitas em uma possível corrida pela presidência em 2026. O estudo analisou a performance dos dois candidatos em uma disputa contra o atual presidente, Lula. Embora Lula mantenha a frente em ambos os cenários, Michelle teve uma pontuação superior à de Tarcísio, embora a diferença esteja dentro da margem de erro. A pesquisa, que entrevistou 2.026 eleitores, destaca a relevância de Michelle e detém uma taxa de confiança de 95%.

Uma pesquisa do Paraná Pesquisas, divulgada em 29 de julho de 2024, revela que Luiz Inácio Lula da Silva prevaleceria sobre possíveis candidatos apoiados por Jair Bolsonaro nas eleições de 2026. O estudo testou cenários que incluem Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior e Romeu Zema. Em um cenário onde Jair Bolsonaro é considerado, Lula tem 38,3% contra 36,9% de Bolsonaro, configurando um empate técnico. Lula também lidera as intenções de voto contra os outros nomes, tendo grande vantagem sobre cada um deles, conforme os dados coletados de 2.026 eleitores em todo o Brasil.

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, afirmou em propaganda na TV que, se a candidatura de Jair Bolsonaro for impedida, ele escolherá o candidato à Presidência da República pelo partido em 2026. Costa Neto destacou que Bolsonaro possui os votos necessários e que a sigla deve isso a ele, tornando o PL o maior partido do Brasil. Apesar da proibição de se falarem pelo STF, a peça publicitária foi ao ar no sábado, mencionando a inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 pela justiça eleitoral.